sexta-feira, 22 de maio de 2015



O Tempo sempre passa
e nisso não há pesar.
É como brincadeira de criança:
no carretel a linha se descarrilha
e a pipa se deixa levar sob o vento
nas mais diferentes paisagens do céu.

Queremos vê-la ao poente brilhando
vislumbrando esse serpentear
se entrelaçando entre os tons rosados
e quem sabe uma fotografia.

Mania nossa de querer tudo guardado
as emoções, os momentos, as memórias;
Mania de ser lembrado
e de celebrar um bom passado.

Humano Demasiado Humano
que não se compraz no anonimato.
A todo custo diz: Eu! Eu!
Imprimindo-se em toda parte.

Se Agora
Inocentemente
pudesse o homem viver despido
não sentiria a angústia
de se reduzir ao pó no Tempo...

Seu corpo seria uma fagulha
de intenso calor
a navegar na imensidão


guto (10/12/2014)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentarios.